Marajó Anônimos reflete sobre a dificuldade que nós mesmos temos de reconhecer o “outro”. A distância que nos separa é mínima, mas o “outro” enxerga o ser próximo de maneira longe, ao ponto de não reconhecê-lo.
Os anônimos do marajó são seres estavam, estão e sempre estarão lá.. Os “ Mundicos”, “Seu Piroca”, “Donas Morena,” “ Zés do Mato, “ Rosários” são vistos como “personagens marajoaras” desconhecidos e sem identidade. O ensaio propõe ao leitor adentrar nos ritos, crenças e costumes de identidades (des)conhecidas e nos instiga se (re)conhecer e se perceber nas similaridades existentes.
O projeto surgiu após uma viagem de pesquisa de campo à Ilha do Marajó, onde pedia-se a “identificação” e autorização dos fotografados. Porém, grande parte dos entrevistados sequer sabia ler e poucos escreviam seu nome. Surgiram então as reflexões… “ Será que para ser reconhecido precisa de um nome?” “Quem é o Ser humano por trás disso” ?